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  • Foto do escritorSecretaria Executiva RDSI

Campus Laranjal do Jari tem projeto aprovado pelo Fundo Iratapuru no valor de 60 mil

O Campus Laranjal do Jari coordenará o primeiro projeto de pesquisa do Instituto Federal do Amapá (Ifap) aprovado pelo Fundo Iratapuru. O projeto, no valor de R$ 60 mil, foi selecionado pelo Comitê Gestor do Fundo Natura para o Desenvolviento Sustentável das Comunidades (Fundo Iratapuru) e tem a proposta de realizar, no decorrer de um ano, o estudo e mapeamento de árvores gigantes no interior da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru, região conhecida como Médio Jari. O trabalho inclui a oferta de cursos de manejo sustentável e de conservação do patrimônio genético para as cerca de 20 famílias residentes na comunidade de São Francisco do Iratapuru, localizada no entorno da RDS, dentro do município de Laranjal do Jari.

Diego Armando, Carla Samara Campelo e Welber Andrade serão os executores do Ifap no projeto de estudo das árvores gigantes


A proposta intitulada “Árvores Gigantes na Reserva de Desenvolvimento do Rio Iratapuru na Amazônia Legal (Amapá, Brasil)” pertence a um grupo interinstitucional de pesquisadores do Ifap, Ifam, Unifap, Embrapa, Ueap e UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Minas Gerais, e será coordenado pelo professor pesquisador do Ifap Diego Armando Silva da Silva, doutor em Ciências Florestais e atual diretor de Ensino do Campus Laranjal do Jari. Junto com ele, irão trabalhar na execução do projeto, pelo Ifap, os professores pesquisadores Welber Carlos Andrade da Silva e Carla Samara Campelo de Sousa.


Arvores gigantes

O projeto de pesquisa aprovado pelo Fundo Iratapuru será o primeiro desdobramento do estudo interinstitucional de pesquisadores oriundos de diversas instituições de ensino e pesquisa do Brasil e exterior, iniciado em 2016 e financiado pelo Fundo da Amazônia, que resultou na expedição Jari-Paru: em busca da árvore gigante. A expedição identificou, em agosto de 2019, um santuário de árvores gigantes em áreas protegidas entre o Pará e o Amapá, num total de 7 locais monitorados, sendo 6 dessas árvores encontradas na região do rio Jari, quatro delas dentro da RDS do Rio Iratapuru, para onde o projeto prevê a realização de três expedições, a contar do início da execução prevista para o mês de março.

Integrantes da expedição científica de instituições do Brasil e do exterior que identificou árvores gigantes no vale do Jari


Foram identificadas 15 árvores do tipo angelim-vermelho com alturas superiores ao dobro da média de 45 a 50 metros para a região, a árvore mais alta escalada mede 82 metros, mas há projeções de árvores de até 88,5 metros. “A correta e completa caracterização da área de ocorrência dessas árvores é fundamental para identificar a existência de outras áreas com potencial de abrigar árvores gigantes na região.”, explicou o professor pesquisador do Ifap, que também integrou a expedição Jari-Paru. Fizeram parte da expedição pesquisadores do Ifap, Ueap, Unifap, Ufal, UFVJM, University of Cambridge, University of Oxford, Embrapa-Acre, com a colaboração técnica do Governo do Estado do Amapá (Sema/Setec/Diagro/Rurap), Fundação Jari, ICMbio, Inpa, Inpe e Nasa.


Pesquisadores do Amapá Perseu Aparício (Ueap), Diego Armando (Ifap), Wegliane Campelo (Unifap) , Robson Borges de Lima (UEAP) . No detalhe, professor pesquisador Eric Gorgens (UFVJM ), também integrante do projeto


A RDS do Rio Iratapuru abrange uma área total de 806.184 hectares, distribuídos entre os municípios amapaenses de Laranjal do Jari, Mazagão, Pedra Branca do Amapari e Porto Grande.  Segundo plano de manejo de 2014, a RDS contava com cerca de 1.128 pessoas vivendo em seu entorno, o que representava 301 famílias que habitavam as comunidades da Unidade de Conservação: São Francisco do Iratapuru (Laranjal do Jari), Santo Antônio da Cachoeira (Laranjal do Jari), Padaria (Laranjal do Jari), São José (Comunidade Quilombola, Laranjal do Jari), Distrito do Cupixi (Porto Grande), São José do Cupixi (Porto Grande) e São Miguel do Cupixi (Porto Grande). A ocorrência de árvores gigantes se encontra no entorno da comunidade de São Francisco do Iratapuru, que é uma das maiores comunidades da RDS e que desenvolve suas atividades econômicas, dentre outras iniciativas, pela Cooperativa Mista de Produtores e Extrativistas do Rio Iratapuru (Comaru).


Turismo Ecológico

Além de aprofundar o estudo sobre a ocorrência das árvores gigantes, o projeto de pesquisa na RDS Iratapuru objetiva potencializar o uso sustentável dos recursos naturais atrelados às atividades econômicas desenvolvidas na região, permitindo o aperfeiçoamento de práticas como extrativismo, turismo ecológico, cooperativismo e produção artesanal.

Por meio de uma abordagem multidisciplinar, os pesquisadores do Ifap e das intuições envolvidas na pesquisa oferecerão cursos e oficinas para os cerca de 150 moradores da comunidade São Francisco do Iratapuru, entre eles de Guia turístico, Métodos e técnicas de escalada em árvores, Primeiros Socorros, Ecoturismo e esportes na natureza, Turismo de base comunitária e confecção de artesanatos, Manejo florestal e extrativismo vegetal.


Por Keila Gibson, jornalista do campus Laranjal do Jari

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